As atividades contaram com a participação dos estudantes das escolas municipais paraenses Santa Filomena e Munduruku Pajé Laurelino, ambas localizadas na Flona Tapajós.
Por Comunicação do LBA*
Fotos: PELD-Popa
O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração do Oeste do Pará (PELD-Popa), em parceria com o Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA/Inpa-MCTI), realizou atividades de educação ambiental em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na quinta-feira(5), na Base de Apoio à Pesquisa do LBA, localizada no Km-84 da Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós), em Belterra, no Pará.
As atividades incluíram exposições de materiais didáticos, desenvolvidas pelos laboratórios integrantes do PELD-Popa, e ainda atividades como pintura, jogos e apresentações direcionados ao público infantojuvenil.
Os estudantes foram recepcionados pelo chefe do Núcleo de Apoio à Pesquisa no Pará (NUPPA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o técnico do Instituto João Victor Camargo Soares, que apresentou o Inpa e o LBA ao público presente.
O PELD-Popa é coordenado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e pelo Inpa. O evento contou com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Comflona). As atividades de extensão iniciaram na quarta-feira (4), pela manhã, na escola Dom Macedo Costa, localizada na Vila de Alter do Chão. O evento foi organizado por Ana Paula Viana, bolsista de desenvolvimento tecnológico e industrial com foco em ecoturismo, e Luíza Neves Coelho, bolsista de apoio à difusão do conhecimento.
“O objetivo foi promover uma integração entre alunos e a comunidade científica. O intuito também foi despertar o interesse científico nos estudantes e mostrar quais pesquisas são realizadas nesses territórios e como elas impactam a vida dessas pessoas”, explica Ana Paula Viana.
As atividades contaram com a colaboração dos seguintes laboratórios da Ufopa: Ecologia e Conservação (LabECon), Ecologia e Comportamento Animal (LECAn), Fisiologia Vegetal e Crescimento de Plantas (LaFV), Estudos de Lepidópteros Neotropicais (LELN), Quelônios do Oeste do Pará, Laboratório de Taxonomia de Invertebrados Aquáticos (LETIA), além do Grupo de Estudos Avançados em Gestão Ambiental na Amazônia (GEAGAA) e do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade(PPGBEES).
Sobre o PELD-Popa
O PELD-Popa atua na Área de Proteção Ambiental (APA) de Alter do Chão e na Floresta Nacional do Tapajós, com estudos em diversos segmentos, como estrutura e cobertura da vegetação, incêndios, roedores, besouros escarabeíneos, peixes de igarapés, insetos aquáticos, quelônios aquáticos, lagartos, anfíbios, vertebrados de médio e grande porte, mariposas, macrofungos e entre outros. O programa recebe o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo o coordenador do PELD-Popa, o professor da Ufopa Rodrigo Fadini, a região onde o programa atua apresenta áreas de savana, florestas semidecíduas, florestas mais baixas com déficit hídrico, florestas altas e florestas tropicais densas. “Na região de Santarém, temos um privilégio muito grande de poder estudar esses ecossistemas distintos, suas espécies e as interações entre elas, e também as comunidades locais”, ressalta.
Fadini destaca também que um dos objetivos do PELD-Popa é entender mudanças de longo prazo nas espécies que ocorrem nesses ambientes. Para isso, a colaboração com as comunidades locais é essencial. O programa tem o objetivo de promover atividades semelhantes a essa, cursos nas comunidades e elaborar guias científicos de espécies mais comuns em cada área. “Assim, conseguimos combinar o interesse científico com pesquisadores e dos alunos com a necessidade das comunidades em aproveitar a biodiversidade local que é fantástica”, destaca.
* Com informações do PELD-Popa