O evento reúne cientistas de diversas entidades globais para discutir e compartilhar conhecimentos sobre o balanço de carbono
Da Redação - LBA/Inpa-MCTI Fotos: Josiane Santos (LBA/Inpa-MCTI) |
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Com o objetivo de promover a interação entre especialistas em carbono, a 11ª Conferência Internacional de Dióxido de Carbono (ICDC11) iniciou nesta segunda-feira (29/07), no Novotel Manaus, com discussões e palestras sobre o tema. O gerente científico, Bruce Forsberg, e a gerente operacional, Hillândia Brandão, do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA/Inpa-MCTI), estiveram presentes na abertura da Conferência Internacional, que também contou com a presença da secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Rita Mesquita, representando o Ministério. De acordo com a organizadora do evento no Brasil e Presidente do Comitê Científico do ICDC11, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Luciana Vanni Gatti, a conferência acontece a cada quatro anos e reúne a |
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comunidade científica, incluindo pesquisadores associados a iniciativas globais como Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Global Carbon Project, o Global Carbon Budget e outros grupos globais e regionais que trabalham no tema do ciclo do carbono e seus balanços, um dos principais gases do efeito estufa. “A Conferência reúne essa comunidade que estuda o ciclo do carbono em vários ecossistemas do mundo para discutir o estado atual do balanço global de carbono. Muitas iniciativas globais fazem parte desta reunião. Esperamos estimular os cientistas brasileiros da área do carbono a fazerem parte dessa comunidade”, destaca. Rita Mesquita considera a Conferência como um espaço de entrosamento, pois reúne pesquisadores de vários lugares do mundo para debater um assunto central e importante para o enfrentamento dos grandes desafios e crises que o mundo está passando. “A mudança do clima é uma questão que tem impacto a todos. O que está acontecendo em um lugar vai ter impacto em outro. Acho importante que os pesquisadores consigam compreender e serem ouvidos porque as políticas públicas precisam ser amparadas por ciência sólida. Em um fórum como este, tão privilegiado de alto nível, com métricas sensíveis, tem muito a contribuir para políticas mais efetivas. Estamos ficando sem prazo e sem tempo, estamos vendo as dimensões das mudanças e cada vez mais o nosso tempo está ficando curto para fazer as mudanças que são necessárias para que os processos ecológicos e os sociais não sejam comprometidos”, alerta. Cientistas do projeto Observatório da Torre Alta da Amazônia (Atto), do Programa AmazonFACE, e pesquisadores colaboradores do LBA apresentaram suas pesquisas. O evento segue até sexta-feira (2/08) com palestras, apresentação oral e sessão de pôsteres. Para Bruce Forsberg, gerente científico do Programa LBA, o evento é uma oportunidade de ver um resumo geral em uma escala global como está a situação do balanço de carbono no planeta. “Em relação a esse assunto, o Programa LBA desempenha um papel importante. Estamos monitorando há 25 anos o balanço do carbono entre a floresta e a atmosfera, e entre os sistemas aquáticos e a atmosfera. Mostramos como isso tem mudado ao longo do tempo e como as mudanças climáticas, especialmente nessas secas extremas, estão impactando essas dinâmicas. O LBA tem um papel importante neste diálogo global”, enfatiza. O Comitê organizador do evento é composto por representantes das Instituições: Inpe, Programa LBA/Inpa-MCTI, Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Embrapa e Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa). |